segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Obrigada
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Antes e Depois
Eu tinha um céu cinza exposto e sonhos coloridos reprimidos.
Eu usei alguns corpos, mas meu coração foi o único a sofrer abusos.
Eu tinha todo o tempo do mundo e tempo nenhum a perder.
Eu tinha todas essas coisas sem nada ter.
Eu tinha o silencio das horas incertas e as certezas que as horas entregam.
Eu tinha a mim mesma sem sequer me conhecer.
Hoje sinto ser tocada por gestos e palavras.
Hoje tenho exposto um sorriso por ter pensamentos de sonhos acompanhados.
Hoje meu corpo é invadido e os abusos são de prazer.
Hoje o tempo nada mais é do que meu futuro aliado.
Hoje não importa se eu nada tenha porque não me sinto perder e sim ganhar.
Hoje se entrega no silencio do correr das horas a certeza de apenas querer.
Hoje eu tenho a mim como tenho a você.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
dose
Eu quero apenas uma dose. Quero estar embriagada de sensações. Quero que os meus beijos voltem a serem o que foram. Que comecem sempre como os últimos e terminem como os primeiros. Quero perder o caminho de casa, perder a hora e atravessar a rua sem medo dos carros. Quero me sentir alta, ter brilho nos olhos, falar besteira e rir a toa. Quero noites com dias seguintes, quero o gosto do desconhecido, quero não lembrar como cheguei, mas ter a certeza que vou prosseguir. Quero a dose perfeita, completa e inesgotável. Quero que minha ressaca seja apenas de satisfação por ter feito em demasia o que desejava.
sábado, 29 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
esquinas
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Aleatoriedade musical
Percebi que muitos caras que namoram torceram o nariz para a música I kissed a Girl da Katy Perry. Se sentiram ameaçados por uma música! Homens são patéticos, os heteros, claro. Os meus amigos gays são ótimos e moram no meu coração.
A mulherada(inclusive eu) se sente e se empolga quando cantam Ela é Toda Boa. Esquecendo que a toda boa mesmo é a Ivete.
Quando estou de TPM sempre escuto Crying in the rain da banda A-Há. E choro baldes.
Já sonhei que Marisa Monte interrompeu um show para conversar comigo, que os Backstreet Boys estavam todos na minha varanda e que fui num show da Madonna em uma fazenda camping e ela cantava em cima de um trio elétrico.
Meus amigos falam que parece que fui eu que escrevi a musica chiclete Chora, Me liga. Maldade pura, eu nem sou assim.
Passei a vida inteira cantando um trecho de Lágrimas e Chuva do Kid Abelha completamente errado sem saber. Desconfio que Livia ainda erre, porque uma vez ela cantou certo e eu a corrigi.
Eu danço funk engraçado. Fato! E pensei que dançava sexy. Deveria parar de dançar e pronto.
Quando tinha 15 anos falava que iria perder minha virgindade ouvindo Naked da Avril. O que não aconteceu. Enfim, eu não tinha mais 15 anos e tocava Alanis. Ah é tudo do Canadá mesmo.
Na infância eu participei de um grupo cover das Chiquititas, a gente dublava e dançava. É, isso mesmo. Percebo que não era uma criança exatamente tímida.
Sou insuportável numa roda de violão. Não toco, mas canto. Sempre bem desafinada e sou eu que tenho que escolher todas às musicas. “Ah essa não, é chata e eu não sei cantar, toca a outra”.
sábado, 8 de agosto de 2009
Volta ás aulas
Fiquei a ultima semana toda de repouso devido a uma pneumonia, achei muuuuito, mas muiiiito estranho, logo eu que nem gripada fico. Dei graças a Deus em estar desmaiada na cama do hospital (fiquei seis, repito SEIS horas no pronto socorro, uma vez que o medico não conseguia baixar minha febre) na hora que saiu o resultado dos exames. Imagino o médico perguntando na frente do meu pai: vc fuma? E eu respondendo: só quando bebo. Ele faria alguma piada do tipo: então vc é alcoólatra minha filha! Mas que eu mentiria, mentiria, obvio!
Estou com imunidade baixa. Ah minha mãe nem adorou neh: "Claro que ia ficar doente, não come direito, vive na gandaia, bebendo todas, virando noite..." Eu sei de tudo isso, mas eu estava de ferias. Sei que abusei um "pouco", mas não é como se eu soubesse que daria nisso. Vale comentar que enquanto eu estava morrendo, de cama, minha querida mãe anunciou para as visitas que estavam reunidas na sala que ela não estava preocupada, pq com certeza era ressaca! "Ela fica assim quando bebe muito".
Eu não conseguia respirar, estava com febre mais pra ela tudo em mim é ressaca, ou gases, claro! Minha irmã que percebeu que eu devia ter alguma coisa e correu comigo para o hospital. Imaginem a cara da minha mãe quando volto com o diagnostico de pneumonia.... Já estava preparada para fazer aquele drama, e dizer que NINGUÉM me leva a serio naquela casa, que ela não me da atenção, mas a culpa estampada na cara de mamãe bastou. Vou deixar para fazer esse drama futuramente. "Lembra que eu fiquei doente, a beira da morte e vc ficou rindo de mim?"
Muita nebulização e remédios depois, e me sinto melhor. Mas ainda sinto cansaço e respirar fundo é algo que ainda não me atrevo a fazer, doía demais. Outra coisa que pude perceber, eu sou realmente muito esquecida. Eu tenho algo simples para fazer, tomar meu super antibiótico de 12 em 12 horas. Cadê que eu consigo na hora certa meu Deus?? E corro o risco de ter tomado duas vezes em varias ocasiões. Sim, eu não conseguia lembrar se tinha tomado ou não e na duvida tomava de novo. Ou não! Ainda assim eu só tomava o remédio pq Livia sempre comentava: "Lorena e o remédio, tomou?" Ai saia Lorena atrás das caixas. E quando mamãe perguntava toda vez que me via ( leia-se qnd eu resolvia sair do quarto e me arrastar pela casa): " E os remédios Lorena? Ta tomando tudo certinho, no horário?" No começo eu achava que ela perguntava por preocupação, dps fui obrigada a achar que devia ser para me irritar mesmo. "Claro que eu to tomando, acha que eu sou alguma louca, irresponsável?" Não sei como minha cara não racha às vezes, serio.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Eleições presidenciais conturbadas agitam a população do Irã que após o resultado saem nas ruas em protesto
Desde o anúncio da reeleição de Mahmoud Ahmadinejad no Irã o país enfrenta protestos que resultaram em ao menos 20 mortos, segundo números oficiais. A população que apoia o candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi, formada principalmente por jovens com ideias libertárias e mulheres, não se conforma com o resultado das eleições.
Esses jovens no período das campanhas eleitorais foram as ruas com bandeiras verdes demonstrando anseio de mudanças e liberdade já que o atual governo não os proporcionavam. Mulheres que no Irã tem o seu espaço tão limitado foram as ruas com cabelos ao vento, ao contrário de seus costumes para demonstrar sua insatisfação.
O que vemos agora é uma parte da população revoltada e decepcionada que exige uma abertura de nova votação. Indícios apontam a possibilidade de fraude nas eleições. O órgão legislador, o Conselho de Guardiães, responsável por ratificar o resultado das eleições, admitiu que em pelo menos 50 cidades do país houve mais votos que pessoas recenseadas --algo em torno de 3 milhões de votos irregulares. Mas ainda assim declararam que não haverá mudança no resultado eleitoral e que de forma alguma foi cogitado a repetição do pleito.
Os 39,2 milhões de cédulas foram apurados em apenas 12 horas. Tempo recorde comparado as eleições passadas que com menor participação de eleitores, foi pelo menos duas vezes maior. Outra dúvida que paira são os resultados parciais divulgados pelo ministério em que Ahmadinejad tinha o dobro de votos até mesmo nas províncias de mesma etnia de Mir, etnia azeri.
O líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, com o apoio do Parlamento e do Ministro da Justiça demonstrou sinais de que pretendem prender Mir Houssein, apontado como maior responsável pelas manifestações. Mir pediu a população que continuasse a protestar mas moderadamente.
Diante de todos os episódios fica explícito que mesmo com o clima das eleições presidenciais iranianas com todo o entusiasmo e envolvimento da população, não foram suficientes para as mudanças imediatas almejadas durante a campanha. Qual a real função da democracia no Irã? Já que o favorito não vence e o que resta para toda uma população, protestar.segunda-feira, 1 de junho de 2009
Disse palavras excessivamente duras (as quais ela preferia chamar de diretas), percebeu logo após ter as pronunciado, mas como ela bem já sabia não dava para voltar atrás e nem ao menos era sua intenção. Não ficou para ver o estrago, simplesmente partiu como de costume. Para ela era mais fácil assim, dizia respeitar o silêncio nessas horas. Conhecia o impulso de se afastar de todos os que pudessem vir a realmente se interessar. Reconhecia também que esse impulso existia a mais tempo que gostaria de admitir. Usava o excelente argumento de que tinha receio de machucar o outro, quando na verdade tinha era pavor de se machucar de novo. Então se cercava de uma falsa verdade que parecia a proteger dos outros, só não a protegia dela mesma.
E mesmo assim não era possível ter ódio dela. Era de uma aparente sinceridade que chegava a ser admirada. Certa vez lhe disseram que ela era capaz de abrir a porta com muita naturalidade, mas usar de toda a delicadeza para fechar.
Algumas vezes sentia uma tímida satisfação de suas longas horas solitárias. Porque eram de sua escolha e sobre elas tinha controle. Controle que lhe fugiu das mãos por diversas vezes no passado. E dar as costas foi a melhor maneira de se manter afastada. Não podia permanecer por muito tempo, sua fragilidade podia ser facilmente sentida. A pergunta é: Quando a intensidade de sentir-se desejada seria maior do que o seu impulso de ir embora?
quinta-feira, 21 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
domingo, 10 de maio de 2009
dia das mães
Com o dia das mães chegando lembrei uma história minha. Eu tinha uns 5 ou 6 anos, tenho que confirmar direitinho com mamãe o ano. Iria ter uma comemoração na escolinha na sexta feira e passamos a semana aprendendo a cantar uma música. Meu Deus, eu lembro dela! A professora fez questão de lembrar que era uma surpresa, que não devíamos falar nada. Quando chegou o dia, minha mãe estava com muita dor de cabeça causada pelas freqüentes enxaquecas que ela tinha. Hoje em dia ela fala que quem causa as dores sou eu. Enfim, Loreninha aqui se desesperou quando viu que ela não ia.
- Mas minha filha, porque você ta assim? Vai ter alguma coisa lá hoje?
- Não mãe, só vamos entregar os cartõezinhos.
- Então não fica assim, prometo que se melhorar eu vou.
Chegou à hora da festinha e eu que até então estava brincando (leia-se esmurrando algum garotinho), comecei a ficar animada. Livia (minha irmã gêmea) positiva e doce como sempre:
-Ela não vem Lorena!
-Ela disse que se melhorasse ela viria!
Ela continuou de cara feia e me chamou de burra. Engraçado que até nos dias de hoje quando ela vê situações em que posso me decepcionar sua reação é a mesma. As mães foram chegando e chegando, o pátio começou a ficar cheio e nada da minha mãe. Eu ficava procurando na pontinha dos pés, com a esperança que ela estivesse mais no fundo. Corri para a Tia com Livia do meu lado, sempre, e disse que mamãe não iria. Ela insistiu para que a gente cantasse do mesmo jeito. Mal a música começou e eu já estava aos prantos, soluçando. Lembro das pessoas ficarem olhando pra mim, devem ter pensando “tadinha, ela é órfã”. Lívia começou a chorar também. A Tia veio ficar de mão dada comigo e foi assim até o final.
Cheguei em casa ainda chorando e minha mãe quis saber o que tinha acontecido. Livia contou que fiquei chorando igual uma boba. Ela também chorou, mas não disse.
- Minha filha, porque você não me contou, eu teria dado um jeito e ido.
- A tia disse que não era pra contar.
- Você pode cantar pra mim agora e olha como vai ser mais legal, você vai cantar agora só pra mim e eu vou ouvir só você!
Eu cantei e ela me abraçou até que eu me acalmasse.
Interessante perceber que eu mantenho o mesmo coração de criança, puro, ingênuo e esperançoso. Se você me disser talvez, eu acredito e é bem provável que fique esperando. Se não der certo e eu me machucar muito, Livia continua de cara feia, mas sempre do meu lado e eu ainda corro para os braços da minha mãe e choro até que fique tudo bem.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Certa vez me perguntaram num tom de gozação quantas vezes eu tive meu coração partido. Na ocasião me limitei a sorrir e me sentir totalmente constrangida. Percebi que aguardavam a resposta, mas todos que me conhecem bem, sabem que quando não quero, não falo. Engraçado que as piadinhas sem más intenções podem incomodar de verdade. Fiquei pensando no assunto e se tivesse mesmo que responder, diria: “nenhuma”.
Seria uma resposta polêmica, admito. Viriam com várias histórias. “E aquela vez? E aquela outra?”
“Não, eu não me esqueci de nada” eu diria. Mas como podem ter partido se nem ao menos chegaram a tocá-lo?
Na verdade o que se partiram foram ilusões, promessas, sensações. Coisas que eram minhas, só minhas. Não as dividi com ninguém, nem elas e nem nada a mais. Nunca foram tão longe. Claro que percebo isso agora, passado os aborrecimentos, decepções e momentos de rancor. Mas eram minhas formas de dizer tchau ao que eu sentia. Confuso? Talvez. Meu sentir sempre foi confuso para os outros e simples para mim.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Caminhos.
Chego a lugares sem saber como cheguei... Abro portas de casas que não são minhas. Faço curvas sem ao menos saber desviar. Escolho atalhos que me parecem longas rodovias. Sei onde começam os círculos, mas não onde terminam. E de nada me adiantaria mapas, não saberia como segui-los. Muros que serviriam para parar me fazem pular. Nunca presto atenção nos caminhos por não ter a intenção de voltar por eles. Acho outros, não paro para pedir informação, eu me perderia de qualquer forma.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
a conversa...
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