terça-feira, 19 de julho de 2011

iTunes

Imperdível o show da Adele!! Confiram!!

domingo, 17 de julho de 2011

unknown

Acordei triste um dia desses. E não senti um pingo de culpa por isso. Deixei o desanimo bater na minha porta sem ser convidado. Deixei a angústia passear por entre meus pensamentos e receios. Deixei também que as lágrimas escorressem livremente, sem vergonha, sem pudor, sem lenços.

Resquícios de uma tpm? De um problema que não consigo resolver? Não me perguntei. O problema do ser humano é querer racionalizar tudo. Uma razão para tudo. Um motivo para tudo. Essa obrigação de ter que saber tudo o tempo todo é tão desgastante. “Mas como assim você ainda não leu aquele livro? Não ouviu aquela música, não leu aquela notícia?” Tem dias que eu apenas quero não saber.

Busco o silêncio. Não me obrigo a sorrir, a me sentir melhor, não me envergonho do meu pranto. Não tem dias que precisamos sorrir? Acredite, também existem os dias que precisamos nos recolher. Fraqueza é se negar a isso. Vou escutar as músicas que me emocionam, vou achar menos graça do mundo. Vou ficar mal humorada e até chata.

Se choro hoje, sei que amanhã logo passa. Se permitir a tristeza é ainda mais difícil do que se permitir a felicidade. Do que temos tanto medo? De sermos tristes ou de perceber que nunca de fato felizes?

De não sermos tão bonitos ou tão interessantes ou então não tão disponíveis? Desculpa a sinceridade, mas se suas amizades não podem sobreviver a um dia, hora de revelas.
Ou então voltamos para aquela velha história, talvez o medo venha de algum lugar mais próximo. Para alguns se ouvirem no silêncio pode ser assustador e para outros libertador. Fico com o segundo grupo. Não tenho medo do que vou achar, meu único medo é que não encontre.

Me abraço nesses dias como uma mãe abraça seu recém nascido indefeso, entregue e desprotegido. Choro até que me canso e esteja pronta para sorrir de novo.

sábado, 16 de julho de 2011

Martha Medeiros

"...falar o que se sente é considerado uma fraqueza. Ao sermos absolutamente sinceros, a vulnerabilidade se instala. Perde-se o mistério que nos veste tão bem, ficamos nus.

E não é este tipo de nudez que nos atrai. Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve. É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossas dúvidas. Finalmente se sabe.

Mas sabe-se o quê? O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados. Tão banal, não?

E no entanto esta banalidade é fomentadora das maiores carências, de traumas que nos aleijam, nos paralisam e nos afastam das pessoas que nos são mais caras.

Por que a dificuldade de dizer para alguém o quanto ele é - ou foi - importante? Dizer não como recurso de sedução, mas como um ato de generosidade, dizer sem esperar nada em troca. Dizer, simplesmente.

A maioria das relações - entre amantes, entre pais e filhos, e mesmo entre amigos - ampara-se em mentiras parciais e verdades pela metade.

Pode-se passar anos ao lado de alguém falando coisas inteligentíssimas, citando poemas, esbanjando presença de espírito, sem alcançar a delicadeza de uma declaração genuína e libertadora: dar ao outro uma certeza e, com a certeza, a liberdade.

Parece que só conseguiremos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo. Ou, ao menos, se não souberem o essencial.

E assim, através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta, frágil. Em vez de uma vida a dois, passa-se a ter uma sobrevida a dois.

Deixar o outro inseguro é uma maneira de prendê-lo a nós - e este "a nós" inspira um providencial duplo sentido. Mesmo que ele tente se libertar, estará amarrado aos pontos de interrogação que colecionou.

Somos sádicos e avaros ao economizar nossos "eu te perdôo", "eu te compreendo", "eu te aceito como és" e o nosso mais profundo "eu te amo" - não o "eu te amo" dito às pressas no final de uma ligação telefônica, por força do hábito, e sim o "eu te amo" que significa: "seja feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo".

Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas."

Martha Medeiros


E você, já disse algo para alguém hoje? Bom sábado!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Taylor (Lindo) Lautner

A idade vai fazer bem a esse garoto!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia mundial do rock

Eu vou de Foo Fighters!!

Leandra Leal

Leandra Leal na capa da Tpm!
Adorei a foto e sou muito fã do trabalho da atriz :)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

lucky star


Acho graça quando alguém me diz que dei sorte no meu relacionamento. Como se o amor fosse alguma espécie de loteria esportiva, em que acerto alguns números e levo a bolada (no caso a pessoa amada) para casa. Claro que me sinto abençoada, por ter alguém que admiro em todos os sentidos, mas relacionamento é muito mais do que isso.

Encontrar a pessoa certa é fácil. Difícil é permanecer com ela. Difícil é conviver com todos os defeitos dela e pior, os seus. Difícil é fazer com que ela se apaixone por você todos os dias.

Mas não é de se estranhar que as pessoas pensem que dei sorte. Talvez porque essas mesmas pessoas pensem que o amor é como um prêmio. Algo a ser recebido. Quando na verdade é uma recompensa, por toda a dedicação e empenho que você dedica a ele. Relacionamentos devem ser trabalhados, como quase tudo na vida. Como um desenho que nunca ficará pronto, você vai sempre modificando, buscando novas cores e refazendo os contornos. Ele pode nunca ficar perfeito, mas aos poucos vai ficando cada vez mais bonito e do jeito que você quer.


Vejo tanta gente se dizendo ansiosa para um relacionamento de verdade. Não esses que duram pouco, em que as pessoas apenas buscam alguém para preencher algum tipo de vazio ou satisfazer o ego, muitas vezes já ferido.

Relacionamentos de verdade exigem pessoas de verdade. Pessoas completas e não rascunhos de si mesmo. Pessoas que já tenham olhado para dentro delas mesmo e assim então, estejam dispostas a mergulhar de cabeça no outro. A maioria das pessoas não sabem o que querem e buscam no namoro essa resposta. Um erro comum. Outro erro é querer que o outro seja um espelho de você mesmo. Abraçar as diferenças talvez seja uma das coisas mais importantes e difíceis num relacionamento. Não se ama metade de alguém. É o todo que interessa. Como também não interessa ser amado aos poucos.

Então quando me dizem que dei sorte, não retruco, tomo como elogio. E apenas desejo o mesmo.

Eduardo Coutinho na Out


O ator e modelo Eduardo Coutinho em ensaio para a revista Out, de Nova York. As fotos foram feitas por Michael Roberts e reuniu os melhores modelos do Rio.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Linkin Park

Entre as várias versões de Rolling in the Deep, da Adele, essa do Linkin Park me chamou a atenção. Confiram!

terça-feira, 5 de julho de 2011

The Edge of Glory - Live

Uma das melhores versões que já vi dessa música! Vale a pena conferir!

Ilusões Pesadas



O livro me chamou a atenção pela idade do escritor quando finalizou a história, 18 anos. É a estreia de Sacha Sperling no mundo da literatura. O livro conta a história de Sacha Winter, 14 anos, um alter ego do autor.

Sacha vive em Paris, filho de pais ricos e ausentes. Acompanhamos o cotidiano do jovem e seus amigos entediados e com dinheiro para gastar, o envolvimento de Sacha com drogas e a descoberta do sexo. O livro é bem pesado na maior parte do tempo e bem clichê em muitos momentos. Sacha desenvolve uma amizade conturbada que envolve muito sexo e angústia, com um garoto chamado Austin, de personalidade destrutiva e o livro gira basicamente em torno disso.

“Enfiei algodão dentro do meu All Star. Não é fácil entrar em boates com 14 anos. Pegamos um táxi. Gastamos um tempo até achar Sam, o amigo de Augustin que vai nos ajudar a entrar na Scream. Ele está ocupado cheirando umas fileiras no assento da scooter. Ele nos oferece. Aceitamos. Eu sei como fazer, aprendi nos filmes. Mesmo assim, tremo ao aproximar a nota doespelhinho de bolso. É amargo."

Não sei se não estava no pique ao ler, de reviver toda aquela crise existencial que existe quando temos 14 anos. Por mais que eu tenha lido o livro de uma só vez, não chamou muito minha atenção. O texto de Sacha Sperling foi muito elogiado, mas eu achei na verdade que estavam mais impressionados com a idade dele. O texto é cru, em vários momentos parece um diário normal de qualquer adolescente, é clichê demais. O personagem central está na maioria do livro alcoolizado ou chapado, ou fazendo sexo. Pode ser que o livro te leve a uma breve reflexão e te traga lembranças da sua adolescencia. Enquanto lia parei alguns momentos para lembrar de uma história ou outra, mas é só.

“Você não me daria a idade que eu tenho. A minha idade, de todo o jeito, eu me empenho em perdê-la”.

domingo, 3 de julho de 2011

Caminharam lado a lado até o carro sem dizer nenhuma palavra, ambos de cabeça baixa e com cara de poucos amigos. E ele se perguntava como um simples almoço de domingo poderia acabar tão mal. Ela gritava internamente que ele era um grosso, estúpido e mal humorado.

Entraram no carro, ele na direção, claro. Marcos olhou para a mulher e pensou em dizer algo, tentar salvar o que restava do dia, mas o olhar dela estava distante e perdido entre os carros que passavam, e ele achou melhor não dizer algo que poderia, e certamente seria, mal interpretado.

Olhou mais um pouco antes de dar a partida no carro, ela continuava bonita como há oito anos, apenas mais bem vestida e com um semblante mais maduro, que caia muito bem nela. Tentou lembrar em quando pararam de se elogiar. Sentiu vontade de abraçar Carla, pedir desculpas por qualquer coisa que tivesse feito. Ao invés disso, saíram ainda em silêncio.

Carla ainda estava à beira da histeria e pensava nos piores xingamentos. Por um instante lhe ocorreu, “ainda bem que não tive um filho com ele”. Sua espinha congelou a esse pensamento. Será que era verdade? E pior ainda, será que ele pensava o mesmo?



E agora como de costume, ela se sentia culpada. Tinha que perder a paciência tão fácil? Não poderia permanecer calada? Por outro lado achava que ele não deveria ser tão implicante. Ela costumava achar o marido tão inteligente, poderia ficar horas apenas o ouvindo falar. Agora tudo que ele dizia soava pedante. Ele continuava atraente, mas ela havia perdido o interesse nele. Falavam-se muito pouco e quando o faziam, era para destilar alguma mágoa. Mágoa aquela eles não sabiam de onde havia surgido.

De acordo com Carla, o marido não valorizava seu trabalho. “Você brinca de decoração”. Por essa frase, dormiram separados por dois longos meses. Já Marcos, achava a mulher muitas vezes fútil e alheia aos reais problemas do casal.

Ela passou a implicar com suas manias, seus amigos e seus hobbies. E ele não admitia o quanto ela podia gastar com roupas, sapatos, decoração e o que mais aparecesse. Foram ficando distantes. Amargos. Tristes. Os que eram mais próximos do casal, não sabiam o que dizer. Só pensavam que aqueles dois, que eram tão maravilhosos sozinhos, se tornaram insuportáveis juntos. Mais isso ninguém ousava dizer, já era doloroso o bastante para os dois.

Chegaram à garagem do prédio e Marcos por um impulso tomou as mãos da mulher e disse todo choroso, mais até do que gostaria: “Eu sei que as coisas andam difíceis, eu estou todo atarefado no trabalho, você com esse projeto novo, mas depois tudo volta ao normal, não é?”. Ela consentiu com a cabeça sem dizer nada. Apenas se perguntou o que seria o normal? Não soube responder. Eles se tornaram diferentes demais e a paixão a muito havia acabado. Mais ninguém queria jogar a toalha, admitir talvez fosse o mais doloroso. Machucavam-se diariamente, mas ainda temiam desferir o último golpe. Embora suplicassem em segredo que o outro o libertasse. Até onde o medo da partida os levaria? Ainda partilhavam a angústia, que era o único sentimento que os unia.